20 de agosto de 2009

O Adeus ao Valente


Cristina Camargo
Agência BOM DIA

Vestidos com camisetas com a foto de Thiago, amigos e familiares se despediram nesta terça-feira do menino conhecido como pequeno grande valente. O apelido e a frase “Deus cuida de mim” foram inscritas como homenagem.

Portador de hipoplasia do coração esquerdo, doença conhecida como síndrome do meio coração, a criança de 3 anos morreu na segunda-feira, na Beneficência Portuguesa de São Paulo, após um mês e meio internado.

Thiago virou um símbolo da luta contra a síndrome, que até hoje é definida por alguns médicos como incompatível com a vida. Operado três vezes pelo cardiologista José Pedro da Silva, sobreviveu três anos e cinco meses. Passou mal no início de julho e desde então sofreu cinco paradas cardíacas.

A mãe, a advogada Márcia Adriana Rebordões, precisou lutar para conseguir que o filho fosse tratado por José Pedro, médico referência para a síndrome.

Ela virou especialista no assunto e ajudou dezenas de crianças cardiopatas. É responsável pelo encaminhamento delas para o atendimento adequado e pensa em usar a experiência para criar uma ONG (organização não-governamental).

Despedida
Além das camisetas, Thiago foi homenageado no velório com um painel de fotos. Em todas aparece sorrindo. Um culto evangélico marcou a despedida. O pastor Josué Rebordões, da Igreja Presbiteriana e tio de Thiago, falou sobre a missão do sobrinho e emocionou os presentes.

Várias crianças acompanharam o velório. “Era com essas crianças que ele brincava”, lembrou a avó, Amélia.

Vitória, 9 anos, irmã do pequeno valente, distribuiu folheto com imagens de Thiago e texto que descreve a visita de um anjo de meio coração à Terra. A outra metade, diz a mensagem, ficou no céu, guardada por Jesus.

19 de agosto de 2009

Morre o Grande Valente


Morre Thiago, 3 anos, símbolo de valentia na luta pela sobrevivência
Nascido com meio coração, ele estava internado há um mês e meio na UTI

Cristina Camargo
Agência BOM DIA

No colo da mãe, Thiago Saia Rebordões, 3 anos, morreu nesta segunda à tarde na UTI da Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde estava internado desde o início de julho. Portador de hipoplasia do coração esquerdo, mais conhecida como síndrome do meio coração, ele passou mal no dia 7 de julho e, desde então, sofreu cinco paradas cardíacas.

Durante o período de internação, o menino alternava períodos de melhora com outros de agravamento do estado de saúde.

Nesta segunda, os pais foram avisados sobre a quinta parada cardíaca e uma hemorragia pulmonar grave. Ele morreu na presença dos dois, durante o horário de visitas.

“O beijamos, oramos e o entregamos a Deus. Assim ficamos por mais de uma hora”, escreveu a advogada Márcia Adriana Rebordões, em comunicado às dezenas de mães que acompanhavam a situação de Thiago. “Até que resolvi pegá-lo no colo. Parece que era isso que ele estava esperando. Ele se foi, calmo e sereno, mas com aquele semblante forte e valente de sempre”.

Thiago era um símbolo da luta pela sobrevivência de crianças nascidas com meio coração, uma das cardiopatias mais graves que existe.

Márcia Adriana tornou-se especialista em ajudar outros pais a conseguir o tratamento adequado para os filhos com o mesmo problema.

Mãe relatou todos os passos do filho na rede
Durante a vida do filho, Márcia Adriana usou a internet para divulgar a evolução da criança. Foi assim também no período de internação.

Ela comemorou pequenas melhoras, mostrou desespero quando o estado se agravava e chegou a pedir que o menino fosse embora para parar de sofrer.

A página dela no Orkut acumula milhares de recados e orações. Nesta segunda à noite eram mais de onze mil.

“Hoje é aniversário do Paulo [pai] e como presente pedimos o Thi curado, seja conosco ou com o Senhor”, ela escreveu nesta segunda de manhã.

14 de agosto de 2009

Centro da minha vida


Ela é o centro da minha vida e das minhas decisões.
O que antes eu acreditava, o que eu buscava, o que eu temia. Tudo isso ficou pequeno diante do que ela se tornou.
Sonhos, planos, amor, desejos, tudo depois dela.

Limitações e dores não me impedirão de te acompanhar, mesmo que eu canse e do teu passo venha me distanciar.
Eu, a vi chegar, a vi sorrir e um dia chorar.
E o medo gelou minha boca e calou minha voz quando a morte dela se aproximou. Congelou na minha boca as palavras que eu ia falar. Mas o amor que sinto por ela aquece o meu meu coração derretendo dia após dia o gelo que tenta não me deixar expressar. Porque Ana Rosa é o meu sonho, a minha realidade. É meu remédio, minha força, minha razão, meu desequilibrio, minha alegria, MINHA RAZÃO DE VIVER!