24 de julho de 2009

Parece Brincadeira


Ou exagero da minha parte, mas é a mais dura realidade.
No dia 22/07 fui mais uma vez em consulta com o ortopedista, no mesmo sofrimento, ou melhor, mais sofrimento que o habitual, porque esses dias a temperatura caiu um pouco aqui em SP. E o medo de sair de trem e metrô com a Ana está cada dia maior por causa da gripe A. 6:00 horas da manhã estávamos nós novamente indo à Santa Casa. Na recepção me deram uma senha preferencial. A ilusão de que isso seria motivo para que eu fosse atendida mais rápido durou apenas até as duas primeiras horas de espera, as quais eu não podia nem tirar o cochilhinho, de praxe em salas de espera. Primeiro porque não poderia tirar os olhos do painel, onde acompanhamos a chamada da senha. O Jefferson estava cochilando lá num canto e a Ana não parava quieta no meu colo. Ela fica inquieta demais porque não posso deixá-la sair do meu colo, fica dificil se locomover para acompanhar seus passos e idas e vindas. Ainda mais naquela sala de espera lotada, onde mexer a cadeira de rodas para um ladinho, somente em caso extremamente necessário eu faço. Até minha bexiga tem que aguentar. Mesmo com muita vontate de urinar, sempre deixo para depois da consulta, só para não sair do lugar onde costumo me acomodar. Chegamos lá às 8:30 e minha senha "preferencial" apareceu lá no painel às 11:45. Não me perguntem o porque de tanta demora, mesmo a senha sendo preferencial. Acredito em falha por parte dos escriturários.

Depois que a senha é chamada no painel, entramos em outra sala de espera (menos cheia de gente) e lá devemos aguardar mais um pouco o médico chamar pelo nome. O Jefferson acomodou minha cadeira em um cantinho da sala, com muita dificuldade em achar um local onde não fosse atrapalhar a passagem dos médicos e pacientes e foi tentar falar com o Dr. Luis, que me atendeu na consulta anterior. Além desse médico ser muito sensível, fez o maior esforço para acompanharem meu caso com a maior atenção possível, a idéia era não ter que repetir toda a história novamente para o médico que pegasse meu prontuàrio.
Fiquei lá de longe vendo os dois conversarem e de repente entram na sala dos médicos.
Em menos de 3 minutos o Jefferson volta com o papel para marcar retorno, escrito a palavra AGENDAR RETORNO NA VAGA. No caso a vaga mais próxima foi 22 de Setembro.

O Jefferson me explicou que o médico disse que eles iam me ligar para eu não ir nessa consulta do dia 22/07, e sim, no dia seguinte. Mas ESQUECERAM DE FAZER ISSO. Em fim, eu deveria ir dia 23 no PS da Santa Casa passar em avaliação com um infectologista, pois por causa do uso do Remicad (medicamento para artrite), eu não poderia agendar a cirurgia sem a liberação desse médico. Depois que eu passasse com ele deveria continuar aguardando, que eles me ligam para marcar a data quando chegar minha vez.
Vou eu novamente, desanimada, stressada e morrendo de dor. Cedinho. Dessa vez meu amigo Reanato me levou e pelo menos a Ana não teve que acordar cedo, sair no frio, etc. O Jefferson ficou em casa com ela.

O mesmo stresse de sempre. Cheguei no PS central, expliquei o que e quem eu procurava e ninguém sabia do que eu falava. Lá só há clinico geral, obviamente. Fui até o PS da ortopedia. Expliquei tudo mais umas duas vezes e fiquei ainda mais irritada. A escriturária repetia algumas vezes seguidas que não ia abrir minha ficha porque lá não tinha infectologista nenhum, que ali era um PS (coisa que li perfeitamente numa placa enorme na entrada e em momento algum momento perguntei pra ela se ali era PS, Pediatria ou qualquer coisa desse tipo).
O jeito era deixá-la falando sozinha. Resolvi falar com o segurança. Disse que o médico estava me aguardando, ele fez cara que não acreditou, olhou em volta, como se pra se certificar que ninguém via e abriu a porta para eu passar com minha cadeira.

Fui direto na sala dos médicos e perguntei pelo Dr. Luis, que falou com o Jefferson lá na ortopedia ontem, mas para meu azar ele não estava lá. Nem sabiam se ele ia chegar naquele dia.
Expliquei a situação para um médico com cara de "bonzinho" que ia passando e ele me pediu para aguardar que ele ia tentar falar com o Dr. Luis por telefone.
Fiquei lá esperando e ele voltou para me dizer que tinha conseguido contato e estavam vindo falar comigo um outro ortopedista e o infectologista. Que me avaliou em poucos minutos e liberou para a cirurgia.

A história da cirurgia infelizmente continua sem desfecho. No final da consulta ouvi o de sempre "Você deve aguardar nosso contato por telefone, te chamaremos quando chegar sua vez".

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